sábado, 30 de novembro de 2013

Sentidos

Obviedades (2003)


Gosto de dizer o óbvio
e falar verdades
Que sei que todos sabem

Gosto de colocar em versos
o que sinto no instante
Mesmo que mude em segundos
ou dure eternamente

Gosto de cantar o belo
a menina de seus olhos
Ou da flor o seu perfume

Gosto de falar com minha boca
O que ouvidos ouçam
e entendam

Se não me entender
Que compreendam


Seus olhos (2004)


Eu sou aquilo
Que seus olhos não podem ver
Pois que são cegos
sem saber

Que meus passos
têm rumo incerto
Que as vezes me sinto
tão perto

Seus olhos não vêem
Que busco um sinal
prá entender
Que apenas assim
vou seguir

Mas seus olhos não podem ver
São cegos demais
prá saber

sábado, 23 de novembro de 2013

Itaiópolis

          Fundada em 12 de outubro de 1918, situa-se no planalto norte de Santa Catarina, próximo à divisa com o Paraná. A altitude média da cidade é de 930 metros acima do nível do mar, com acesso a partir de Lages-via BR 116 ou a partir de Joinville-via SC 301 (Estrada Dona Francisca). Itaiópolis, de colonização polonesa e ucraniana tem entre outros atrativos o bairro Alto Paraguaçú com seu casario tombado e a bela Igreja de Santo Estanislau. Circular pelo centro comercial da cidade é agradável e nos revela surpresas como o lindo casarão, próximo à Igreja matriz, construído em 1889.
          Não deixe de visitar também o Centro de recepção de visitantes, na praça principal.


 Alto Paraguaçú


 Igreja de Santo Estanislau


 Casarão de 1889

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Poeminhas

Nem tanto (1986)


Nem tão poeta
Nem tão atleta
Talvez...
Uma espoleta


Minha (1985)


Vive ao meu lado
Impulsiona-me
Leve paixão
Maior que o trovão
Amo-te assim


Definindo (1991)


Rápido
Redondo
Ríspido
Rotundo
Rústico azul


Agridoce (1983)


Não era doce
Não era amargo
Tinha o frescor da manhã
Tinha a pureza do luar

Um ser calado
Que dava golpes de karatê

sábado, 2 de novembro de 2013

Dois tempos

Em fotografia (2006)


A vida passa sem graça
Pela janela
O tempo escoa com pressa
Pela vidraça

E talvez eu nem te conheça mais
Pudesse eu voltar atrás
Mas não sei onde estás

Em uma praça
Ou na cabeça
Em alguma fotografia
Ou na lembrança

Faz tanto tempo
Você mudou
Talvez não te conheça mais
Só exista em fotografia
Ou na lembrança


Luz de estrela (2004)


A beleza passa rápido demais
Fica apenas a lembrança
No fundo de sua cabeça
E antes que anoiteça
Antes que envelheça
 Antes que adormeça
Não esqueça

Que a luz de uma estrela
Que se vê, talvez
Já não exista

Só importa o fato
De saber sua presença
E que resta a luz